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QUATRO BILHÕES DE INFINITO
Fotografia de uma cena do filme Quatro bilhões de infinito, de M Marco Antônio Pereira, MG, 2020, Ficção, 15 min. Num campo verde, Adalberto, um garoto de pele branca e cabelos curtos está ao lado da irmã, ela tem pele branca, cabelos castanhos preso por um rabo de cavalo. Eles estão de costas, sentados sobre um bloco de barro, contemplando um lençol branco projetado nas galhas de uma árvore.
Direção:
Marco Antônio Pereira
MG, 2020, FICÇÃO, 15 min., Cor/P&B, DCP/H264
Classificação indicativa:
NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 12 ANOS
Sinopse:

Sinopse: Brasil. 2020. Depois da morte do pai, uma família vive com a energia cortada. Enquanto a mãe trabalha, seus filhos ficam em casa fabulando sobre uma tela em branco na qual não há tanta esperança.

Crítica: 4 Bilhões de Infinitos, um milhão de infinitos e infinito vezes infinito são contas comuns na língua das crianças. O novo filme de Marco Antônio Pereira capta a representação básica de esperança e mergulha no universo infantil. Ainda seguindo os padrões de seu cinema caipira com toques fantásticos, que estão ali no começo do filme ou nas sequências oníricas, encontra e apresenta ao público Adalberto, um menino que passa os dias cuidando da irmã menor e sonhando com dias melhores.

Em uma casa sem energia elétrica, o pequeno é aficionado por luz. Sonha com ela, a vê pelo campo, e quer ser cinema. Essa relação de luz e cinema permeia todo o filme e o dia a dia de Adalberto, que inventa sua própria maneira de criar energia com as baterias que a mãe tem em casa e vários cataventos, sofre com o fato de não conseguir, ele burla e sonha. O diretor e também roteirista conta sua história dando tempo e espaço ao protagonista. É um filme que admira seus personagens – o cinema de Pereira está muito nesse lugar do olhar – e favorece a criação do vínculo.

Ainda que dê alguns passos vacilantes, principalmente no início do filme, o contraste entre a falta de crença nos olhos de Adalberto e os posicionamentos da irmã caçula, Ana Júlia, funcionam bem. Eles passam horas conversando sobre tudo. Ele conta suas tentativas de fazer a luz, lamenta não ter dinheiro para comprar o presente de aniversário, ajuda nas lições e divide os maus feitos na escola. Se as primeiras interações são duras e estranhas, isso muda à medida que o filme avança e a intimidade entre os dois irmãos na vida real domina a interação." (Cecília Barroso, site Cenas de Cinema)

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