Sinopse:Quando as flores da árvore Mari desabrocham, surgem os sonhos. As palavras de um grande xamã conduzem uma experiência onírica através da sinergia entre cinema e sonho yanomami, apresentando poéticas e ensinamentos dos povos da floresta.
Trecho crítico:
“O curta roraimense nos introduz em um aspecto interessante da cultura do povo Yanomami, ao apresentar o conhecimento deles sobre sonhos.No filme, vemos a câmera passeando por dentro da floresta amazônica até enfocar os yanomami, enquanto a voz do xamã Davi Kopenawa nos conta a lenda indígena da Árvore do Sonho. É uma interpretação bonita e poética do fenômeno onírico e que, de certa forma, se relaciona com o cinema. Na visão yanomami, há uma ligação entre o sonhar e contar histórias: o sonho se apresenta como uma forma de narrativa, de acordo com o conhecimento transmitido a nós pelo xamã, e por conseguinte pelo filme. E contar histórias é, basicamente, a essência do cinema, a razão pela qual a grande maioria dos filmes são feitos.
Por evocar esse paralelo, Mãri-Hi: A Árvore do Sonho já demonstra se tratar de um trabalho especial. O resultado, cristalizado no filme, é um curta simples em sua forma, mas que apresenta e valoriza a complexidade e a poesia de suas ideias.” (Ivanildo Pereira, site Cineset)