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MARI HI – A ÁRVORE DO SONHO
Fotografia de uma cena do filme Mãri Hi – A Árvore do Sonho, de Morzaniel Iramari. RR, 2023, FICÇÃO, 18 min. Na cena desfocada, uma fila de indígenas de costas, carrega cestos nas costas, adentram a floresta densa e verde. A indígena do fim da fila tem longos cabelos lisos e pretos.
Direção:
Morzaniel Iramari
RR, 2023, FICÇÃO, 18 min., Cor, Digital DCP
Classificação indicativa:
LIVRE
Sinopse:

Quando as flores da árvore Mari desabrocham, surgem os sonhos. As palavras de um grande xamã conduzem uma experiência onírica através da sinergia entre cinema e sonho yanomami, apresentando poéticas e ensinamentos dos povos da floresta.

Trecho crítico:
“O curta roraimense nos introduz em um aspecto interessante da cultura do povo Yanomami, ao apresentar o conhecimento deles sobre sonhos.No filme, vemos a câmera passeando por dentro da floresta amazônica até enfocar os yanomami, enquanto a voz do xamã Davi Kopenawa nos conta a lenda indígena da Árvore do Sonho. É uma interpretação bonita e poética do fenômeno onírico e que, de certa forma, se relaciona com o cinema. Na visão yanomami, há uma ligação entre o sonhar e contar histórias: o sonho se apresenta como uma forma de narrativa, de acordo com o conhecimento transmitido a nós pelo xamã, e por conseguinte pelo filme. E contar histórias é, basicamente, a essência do cinema, a razão pela qual a grande maioria dos filmes são feitos.

Por evocar esse paralelo, Mãri-Hi: A Árvore do Sonho já demonstra se tratar de um trabalho especial. O resultado, cristalizado no filme, é um curta simples em sua forma, mas que apresenta e valoriza a complexidade e a poesia de suas ideias.” (Ivanildo Pereira, site Cineset)

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