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EU PRECISO DESTAS PALAVRAS ESCRITAS
Fotografia de uma cena do filme Eu preciso destas palavras escritas, de Milena Manfredini e Raquel Fernandes. RJ, 2017, EXPERIMENTAL, 20 min., Cor, DCP. O ator Luciano Quirino, homem negro, de pele escura, cabelo black curto, rala costeleta, com cavanhaque grisalho, sobrancelhas finas, olhos pequenos, nariz arredondado, lábios grossos, orelhas pequenas. Usa grande casaco marrom claro, estampado com diversos apliques coloridos e gola em babado franzido vermelho, com grandes ombreiras externas de franjas brancas e topo amarelo. Tem a cabeça erguida, olhar entreaberto para o horizonte, em perfil direito, ao fundo, vegetação em tons de verde encobre céu azul claro com nuvens.
Direção:
Milena Manfredini, Raquel Fernandes
RJ, 2017, EXPERIMENTAL, 20 min., Cor, DCP
Classificação indicativa:
NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 12 ANOS
Sinopse:

Sinopse: O passado de Arthur Bispo do Rosário é praticamente desconhecido. Sabe-se apenas que era negro, marinheiro e pugilista. Em 1938, foi internado na Colônia Juliano Moreira após um delírio místico. Com diagnóstico de esquizofrenia paranoide, foi ali iniciada sua peregrinação em busca do divino e da catalogação do universo.

Crítica: “Em qualquer circunstância, um artista é sempre um artista. Não importa o quão transitório possa ser a sua permanência entre nós, a arte fica para sempre. É indiscutível.

Arthur Bispo do Rosário, artista plástico brasileiro, nascido “possivelmente” em 1909 ou 1911, foi diagnosticado com esquizofrenia-paranoica em 1938 e internado na Colônia Juliano Moreira em 1938, onde permaneceu por mais de 50 anos.  Sua obra artística produzida a partir de reciclagem de objetos descartados pela sociedade (lixo) é claramente à frente do seu tempo. Neste contexto de genialidade e desvario, o artista é figura recorrente em filmes, livros, palestras e exposições, no que tange à temática da mente humana. Na tentativa de recriar o universo à luz de sua consciência controversa e alucinações, vemos uma produção de  miniaturas, escritos, vestimentas e bordados, sendo sua obra mais relevante O manto da anunciação.

O curta-metragem tenta conduzir o público pelas paisagens iniciais de Arthur Bispo do Rosário em sua cidade natal, Japaratuba, numa licença poética experimental, visto que pouco se sabe de sua juventude. É uma alegoria paisagística, com o folclore local , a paisagem de cidade do interior de Sergipe, e réplica do manto que o próprio Arthur criou e usava, enquanto aguardava o juízo final. O expectador vai sendo conduzida por uma teia de situações sugestionáveis e sua criatividade  é posta à prova sem cerimônia, uma vez que entender o inconsciente é uma árdua tarefa." (Chris Raphael, site Vertentes do Cinema)

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