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EU NÃO QUERO VOLTAR SOZINHO
Sentados no chão, em frente a um gradil de ferro, branco e marrom, três adolescentes brancos, usam farda escolar, camiseta cinza e calça jeans preto. À esquerda, a garota de cabelos lisos, castanhos claro, na altura do ombro, de franja e com presilha, usa tênis All star branco, está com as duas mãos entre as pernas cruzadas e tem a cabeça voltada para o colega no meio. O jovem ao lado dela, tem os cabelos curtos, castanhos claro, um pouco ondulados, prostrado, tem o olhar vesgo, distante, abraça as pernas com as duas mãos. Usa uma pulseira vermelha e um All star preto. O terceiro, à direita, tem os cabelos curtos, cacheados, castanho escuro, olha sério para o do meio. Está com os cotovelos apoiados no joelhos e segura um livro. Usa um sapatênis marrom.
Direção:
Daniel Oliveira
SP, 2010, FICÇÃO, 17 min, Cor, DCP/H264
Classificação indicativa:
LIVRE
Sinopse:

Sinopse: A vida de Leonardo, um adolescente deficiente visual, muda com a chegada de Gabriel, um novo aluno em sua escola. O jovem vive a inocência da descoberta do amor e da homossexualidade, ao mesmo tempo em que lida com o ciúme da amiga Giovana.

Crítica: "No presente curta, Daniel Ribeiro conta a história de um adolescente cego que tem sentimentos despertados pelo seu novo colega de classe, ao mesmo tempo que a relação com sua melhor amiga passa por momentos de tensão. Em 17 minutos, um tema delicado é observado por diversos ângulos dramáticos e o filme termina com uma demonstração de afeto, compreensão, e felicidade.

Mas o tratamento dado pelo diretor, que também assina o roteiro da obra, perpassa pelo ingênuo, pelo ideal, pelo leve humor e sutil sugestão do romance. Não temos definições pessoais na tela, apenas sugestões, possibilidades de acontecimento. E observe que isso não tem nada a ver com a postura dos jovens frente à sexualidade, mas sim, da possibilidade ou não de um relacionamento acontecer. Independente disso, que não é o foco do curta-metragem, temos uma situação que nos faz repensar os atrativos da conquista e o surgimento do amor.

Que elementos compõem o sentimento de atração por outra pessoa? Ora, sabemos que são fatores diversos, que vão do cheiro ao tato, mas se há algo que pelo menos a maioria das pessoas consideram importante nesse processo, é o olhar. Todavia, o protagonista do novo curta de Daniel Ribeiro não enxerga. E aqui nos deparamos com uma inteligente colocação do diretor para uma situação já trabalhada no cinema: o protagonista não é posto como vitimado pelo destino, desistindo dos seus sentimentos ou qualquer outra coisa do tipo. De uma situação que poderia seguir pela trilha da praticidade, temos em mãos um impasse ético de implicações morais. Longe das teorias ou didatismo, o filme se sustenta com grande competência, dá o recado que promete e ainda consegue emocionar o espectador em tantos sentidos." (Luiz Santiago, site Plano Crítico)

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