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ELIS & TOM - SÓ TINHA DE SER COM VOCÊ
Fotografia de uma cena do filme. Elis Regina e Tom Jobim, jovens. Aqui na frente, à esquerda, Elis, a partir do ombro. Ela é branca, está com os cabelos curtos, ondulados, escuros, tem a testa contraída e os olhos pequenos, encolhidos, voltados para a direita, distantes. Usa uma camiseta verde clara. Ao fundo, quase de perfil, da cintura para cima, Tom Jobim com a cabeça inclinada, olha para ela. Ele é branco, tem os cabelos lisos, castanhos claro, quase no ombro. Usa uma camisa social bege. Acima da cabeça dele, um microfone.
Direção:
Roberto de Oliveira e Jom Tob Azulay
RJ, 2023, DOCUMENTÁRIO, 100 min., Cor, DCP/H264
Classificação indicativa:
NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 12 ANOS
Sinopse:

Duas grandes estrelas da música brasileira se reúnem em Los Angeles para gravar o álbum que se tornou um clássico. Munido de uma câmera 16mm, Roberto de Oliveira captou as sessões de ensaio e gravação do álbum. Até então inéditas, essas imagens foram restauradas em 4K, revelando a intimidade do processo criativo, a personalidade dos artistas, as tensões, os enfrentamentos e a crescente sinergia entre Elis Regina e Tom Jobim

Crítica: A música era dele, mas o disco era dela. E quase não foi. O documentário Elis & Tom - Só Tinha de Ser com Você, descortina os bastidores do álbum clássico, gravado em Los Angeles, em 1974, numa atmosfera de guerra velada entre dois artistas que reconheciam a grandeza um do outro, mas não conseguiam se entender.

A certa altura das gravações, a situação ficou tão tensa que Elis desistiu. Num telefonema noturno para o seu empresário no Brasil (e autor da ideia do disco reunindo a cantora e o maestro), Roberto de Oliveira, ela anunciou que voltaria ao país. Roberto de Oliveira pegou o próximo avião para Los Angeles. Contornou a situação e salvou “Elis & Tom” de ser “o maior álbum de todos os tempos jamais feito”, conforme diz no filme João Marcelo Bôscoli, o primogênito da cantora.

Quem conta a história da quase desistência de Elis é o próprio Oliveira, que divide a direção do documentário com Jom Tob Azulay, à época das gravações um diplomata do Itamaraty servindo em Los Angeles e também estudante de cinema na UCLA. Foi Azulay quem reuniu a equipe que registrou o dia a dia da gravação do disco.

Estavam com Roberto de Oliveira esses arquivos, que incluem imagens do convívio de Elis, Tom e os músicos que a acompanharam, no estúdio e fora dele, em situações descontraídas. À parte o mosaico de depoimentos de participantes diretos e indiretos (incluindo críticos) que reconstroi o que foi aquele encontro entre “Elis & Tom”, o filme recua alguns anos antes de 1974, para mostrar a construção das carreiras de ambos.

Isso porque André Midani (1932-2019), executivo da Polygram que decidiu produzir o disco como um presente a Elis por seus 10 anos na gravadora, afirma no documentário que houve “um antes e um depois” daquele disco. O documentário procura mostrar o “antes”. No “durante”, as imagens de arquivo proporcionam ao espectador a chance de ver e ouvir a cantora e o maestro interpretando juntos alguns de seus maiores sucessos. E aí “é a promessa de vida no teu coração”. (Silvana Arantes, site Estado de Minas)

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