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CHICA
Fotografia de uma cena do filme Chica, direção de Andrea Guanais. Bahia, 2018, Ficção, 17 min. Em pé à direita, no leito barroso do rio, Chica, mulher negra retinta, rosto arredondado, usa uma camisa justa cinza escura de manga longa, saia comprida rodada, azul clara, colar marrom escuro até a altura dos seios e chapéu de palha grande. Segura, em uma das mãos uma bateia e a outra está atrás da cintura e à esquerda, mesmo lado da primeira, uma segunda bateia está junto dos pés. À esquerda corre rio de águas escuras encurvado, que surge do canto superior direito em meio a vegetação e as muitas pedras escuras, cercado por um diversificado verde de folhas, plantas e árvores.
Direção:
Andrea Guanais
BA, 2018, FICÇÃO, 17 min., Cor, DCP/H264/
Classificação indicativa:
NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 12 ANOS
Sinopse:

Sinopse: Chica é uma garimpeira que está em busca de seu diamante. Certo dia acorda de um sonho estranho e começa a sentir que sua vida vai se transformar. Ela busca na religião e na amizade com Zé uma resposta para sua estranha sensação de transmutação. A beleza, a força e sorte de Chica são os ingredientes desse curta de ação e aventura que tem como pano de fundo a belíssima Chapada Diamantina, no interior da Bahia.

Crítica: “A mítica em torno da busca desenfreada pelos diamantes na Chapada Diamantina (daí seu nome) carece de muito mais pesquisas e narrativas a serem contadas. No cinema e no audiovisual, esse imaginário tem sido pouco explorado, mas está muito bem representado no curta-metragem Chica, dirigido por Andrea Guanais. Moradora da cidade de Lençóis, a realizadora filmou e produziu toda a obra nos arredores da cidade, contando com o trabalho de elenco e equipe locais. A atriz Rose Lane interpreta a protagonista que acredita ter encontrado uma grande gema de diamante, mas precisa lidar com o peso que recai sobre si e também na relação com os moradores do lugar, atiçando a cobiça de outras pessoas mais poderosas.

A Chica do filme não existiu, de fato – trata-se de um enredo ficcional. Mas esta mulher de fibra é inspirada na história muito conhecida de homens e mulheres, especialmente negros e negras, que se estabeleceram na região – seja como escravizados e/ou serviçais ou como pessoas libertas em busca de emancipação a partir da riqueza prometida na prática do garimpo. Mas o trabalho era duro e, na maior parte das vezes, mais traiçoeiro do que recompensador. O curta de Guanais revela as facetas que fazem parte dessa história compartilhada, retratando não só a arquitetura do garimpo, mas também as marcas socioculturais de uma época passada que reverbera ainda hoje no povo e na constituição da Chapada Diamantina.” (Rafael Carvalho)

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