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AMAZÔNIA: O DESPERTAR DA FLORESTANIA
Fotografia de uma cena do filme. Um rio largo aqui na frente e afunilado ao fundo pela vegetação nas laterais, tem refletido no espelho d’água, o céu azul claro, com nuvens esparsas e a suave luz do sol mais intensa à esquerda. O horizonte é uma fina faixa de terra distante.
Direção:
Christiane Torloni e Miguel Przewodowski
SP, 2018, DOCUMENTÁRIO, 110 min., Cor, DCP/H264
Classificação indicativa:
LIVRE
Sinopse:

‘Amazônia - O despertar da Florestania' é um documentário que discute como a floresta amazônica e a própria natureza têm sido tratadas no Brasil desde o início do século XX, reunindo testemunhos de diversas personalidades da sociedade brasileira que, de alguma forma, lutam para preservar esse precioso legado brasileiro. Rodado em locais como Roma, Nova Viçosa, Amazônia e Brasília, o filme leva ao surgimento do conceito de Florestania - palavra que sintetiza o conceito de cidadania e direitos florestais - e é o código genético de nossa identidade. Brasil é o nome de uma árvore e a Floresta Amazônica é a nossa joia mais preciosa.

Crítica: Em um país onde boa parte de sua extensão é ocupada por uma das mais importantes áreas florestais do planeta, a Amazônia, parece piada ter de ainda conviver com a situação descrita acima. Mas esse é o Brasil e como as coisas funcionam por aqui. Por isso, é importante notar a movimentação que existe em volta do meio ambiente seja por artistas, pela sociedade civil e até mesmo de políticos.

O documentário Amazônia – O Despertar da Florestania atende bem esse chamado ao propor uma discussão sobre o que é a tal “luta pelo meio ambiente”, “luta pelo futuro de nossos filhos” ou ainda “luta pela mãe terra”. O longa conta com a direção da atriz Christiane Torloni e de Miguel Przewodowski trazendo entrevistas de diversos nomes importantes para o tema como os ex-ministros Marina Silva e Carlos Minc, a jornalista Miriam Leitão e o ativista indígena Ailton Krenak.

Iniciando com imagens da campanha pelas “Diretas Já”, fica evidente uma das propostas do documentário: dar a informação necessária para que o espectador se mobilize. É interessante notar como, de anos em anos, a sociedade civil se une pelos mais variados temas, mas a luta pelo meio ambiente parece ser sempre o elefante na sala: sabemos de sua importância, mas, se for possível deixar para depois, é isso que acontece.

Torloni escolhe para sua montagem uma estrutura que remonta desde os nomes de Marechal Rondon, ressaltando seu respeito pelos povos indígenas, e caminhando pelos momentos mais acalorados dos anos 1960, incluindo relatos sobre a ditadura e episódios de tortura, até chegar aos eventos mais recentes, como o desastre ambiental de Mariana.

A escolha de entrevistados é bem rica: as falas elucidam bastante sobre o tema discutido e mostram uma pluralidade de vozes, levando a crer em uma mobilização para reivindicar as mudanças no cenário ambiental do país. (Walter Franco, site Cineset)

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