A FELICIDADE DAS COISAS
Fotografia de uma cena do filme A Felicidade das coisas, de Thais Fujinaga. SP, 2021, FICÇÃO, 89 min. Uma jovem mulher em pé sobre um gramado, com a mão à direita na cintura, usa uma camisa estampada rosa e vermelho, um short cinza claro e um chinelão azul escuro. Ela olha uma grande vala de terra escavada à sua frente. Atrás dela, uma imensa piscina retangular de fibra, azul, posicionada verticalmente. Ao lado e mais atrás árvores e acima, um céu azulado.
Direção:
Thais Fujinaga
SP, 2021, FICÇÃO, 89 min., Cor, Digital DCP
Classificação indicativa:
NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 12 ANOS
Sinopse:

Paula sonha em construir uma piscina para os filhos na sua modesta casa de praia. No entanto, seus planos se desfazem por conta de problemas financeiros, e ela se vê cada vez mais sufocada pelo peso das responsabilidades.

Trecho crítico:
“De textura delicada, a estreia em longas de Thais Fujinaga acompanha o mês de férias de quatro integrantes de uma família (mãe, avó e duas crianças, um menino e uma menina) durante as férias no litoral de São Paulo. Muito mais preocupado em flagrar momentos mínimos daquela convivência do que criar um processo repetitivo de prosseguimento narrativo, o longa possui uma característica do que de melhor o cinema brasileiro produz hoje: o interesse na fricção dos detalhes e a descoberta dos seres através de suas minúcias, mais do que situá-los em uma trama digamos convencional, com suas exigências específicas.

A simplicidade do gesto, a ausência do agudo e o espaço aberto para a multiplicidade de interpretações diante do quadro geral contribuem para organizar A Felicidade das Coisas em um campo de produção hoje que conta com obras de Marília Rocha, André Novais Oliveira e Allan Ribeiro, entre outros, interessados em flagrantes da banalidade cotidiana, sem arroubos (melo)dramáticos, para esconder contextos de desestruturação emocional para justificar seus gatilhos recônditos. São títulos que compõem quadros minimalistas de compreensão social, geralmente associados ao “nada”, quando na verdade estão representando sintomas pulsantes de vida e conflito, por baixo de suas camadas.” (Francisco Carbone, site Cenas de Cinema)

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