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A FEBRE
Fotografia de uma cena do filme A Febre, de Maya Da-Rin. RJ/SP, 2020, FICÇÃO, 98 min. No cômodo de uma casa simples, Justino, um homem indígena, está sentado a uma mesa. De perfil esquerdo, com o braço repousado sobre a mesa, sua expressão é de cansaço. Ele usa uma camisa de mangas curtas. Em pé, ao lado direito de Justino, uma jovem mulher indígena. Ela é Vanessa, filha de Justino. Vanessa usa um colar com pingente e uma camiseta regata rosa. Olhando para o pai com ternura, ela está com a mão esquerda sobre a testa dele. Sobre a mesa, uma garrafa pet com água pela metade. Ao fundo, à esquerda, uma mesinha com uma garrafa térmica e frutas. Atrás dela, o escuro da noite lá fora visto através de uma janela. Na parede próxima à janela, utensílios de cozinha pendurados. À direita da parede, plantas e uma árvore vistas lá fora através da porta aberta.
Direção:
Maya Da-Rin
RJ/SP, 2020, FICÇÃO, 98 min., Cor, Digital H264
Classificação indicativa:
NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 10 ANOS
Sinopse:

Justino, de 45 anos, é segurança no porto de Manaus, Amazonas. Enquanto sua filha se prepara para estudar medicina em Brasília, ele é dominado por uma febre misteriosa.

Trecho crítico:
“Como resultado das alianças criativas estabelecidas na sua elaboração, A Febre revela-se uma obra cinematográfica representativa do universo ameríndio, ao incorporar a força dos seus códigos cognitivos, histórias e mitos, a partir dos sonhos, dos espíritos dos animais e da floresta, que aí são representados. Maya Da-Rin também já apresentou outros trabalhos em torno do universo indígena. Antes desta ficção, a realizadora filmou o documentário Terras (2009) na região da tríplice fronteira amazónica entre o Brasil, Colômbia e Peru.

O protagonista de A Febre é interpretado pelo indígena, líder espiritual (xamã), Regis Myrupu, natural de Pari-Cachoeira, comunidade do noroeste da Amazônia brasileira, próxima à fronteira com a Colômbia. Regis pertence à etnia Desana, um dos povos que constituem o sistema intercultural do Uaupés, no Alto Rio Negro. Ele emprestou a sua identidade étnica Desana ao protagonista da narrativa, Justino, vigilante no porto de cargas de Manaus, onde trabalha entre contentores que contêm todo o tipo de mercadorias. A sua principal companhia é a sua filha mais nova, Vanessa, com quem vive numa casa modesta na periferia. Vanessa é enfermeira num centro de saúde local, mas a sua candidatura ao curso de Medicina da Universidade de Brasília acaba de ser aprovada. Sem razão aparente, Justino sofre uma misteriosa febre. Esse mal-estar conduzirá a narrativa que e nos permite entrar no mundo do protagonista e da sua família.” (Anabela Roque, site Buala)

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