1798 - REVOLTA DOS BÚZIOS
Sombreada na contraluz, a direita, a silhueta de uma mulher caminha numa rua de paralelepípedos, ela tem cabelo black. Ao fundo, numa casa de portões de ferro, uma luminária colonial, clareia este lado da rua, por ela passa. À esquerda, paredes grossas, desgastadas e vegetação no chão.
Direção:
Antônio Olavo
BA, 2018, DOCUMENTÁRIO, 74 min., Cor, DCP/H264
Classificação indicativa:
NÃO RECOMENDADO PARA MENORES DE 12 ANOS
Sinopse:

Sinopse: Um dos mais importantes acontecimentos da história do Brasil, a Revolta dos Búzios, de 1798, foi protagonizada por dezenas de homens negros que se levantaram para derrubar o governo colonial, proclamar a independência e implantar uma República democrática, livre da escravidão. A ousadia desses homens conclama o povo a fazer a Revolução e a conspiração se espalha pela Cidade da Bahia. A tomada do poder está perto. Mas o movimento é denunciado, o governo instala uma devassa contra centenas de pessoas e quatro delas são enforcadas e esquartejadas.

Crítica: "Charles Pathé, pioneiro histórico da sétima arte, teria dito que o cinema seria a escola do amanhã. A previsão não chegou a tanto, mas quando a gente se lembra da quantidade de temas que nos foram ensinados na sala escuta, e que mal passaram perto dos nossos bancos escolares, começamos a ver a ideia de Pathé com mais atenção.

Um recente exemplo desta questão é o filme 1798 – Revolta dos Búzios, entrando em cartaz em cinemas selecionados nesta quinta-feira, 23/05. A tal revolta que dá nome ao filme é conhecida também por outros nomes: Revolução dos Alfaiates, Conjuração Baiana, Sedição de 1798, Movimento Democrático Baiano e Inconfidência Baiana. Trata-se de um levante ocorrido na Bahia que pretendia derrubar o governo colonial, proclamar a independência do estado, e implantar uma República democrática, livre da escravidão, onde haveria, conforme acenavam, “igualdade entre os homens pretos, pardos e brancos”.

Com roteiro e direção do cineasta e pesquisador baiano Antonio Olavo, 1798 – Revolta dos Búzios padece da dificuldade quase intransponível da falta de material iconográfico da época, para quem se disponha a fazer um documentário. Na tentativa de superar esta questão, o cineasta foi em busca da precisão histórica dos “Autos da Devassa”, um documento com mais de 2.000 páginas manuscritas no calor da hora com o desdobramento minucioso da grande investigação sobre os acontecimentos. Eles cobrem um período de agosto/1798 a novembro/1799, e são transcrições de dezenas de sessões da Devassa, incluindo a íntegra dos longos depoimentos de mais de 70 pessoas envolvidas na conspiração. O projeto inteiro levou mais de 13 anos." (Celso Sabadin, site Planeta Tela)

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